Amiga, comadre ou fada madrinha?

Talvez as dificuldades tenham nos aproximado.

Talvez! Quem sabe?

Uma menina simples do subúrbio

e um jovem vindo do interior,

mais ou menos como diz a canção.

Ambição nenhuma, porém humildade,

essa sim, tinha de montão.

Rua da Gávea, no bairro Copacabana,

isso em Caxias,

pode até parecer ironia,

mas o que é que as pessoas daquele bairro tão elegante

e tradicional têm, que as daqui não têm também?

‘Hosana nas alturas!’

Talvez por essas afinidades,

ele tenha aberto o seu coração,

para essa figura tão especial.

Talvez por isso, também,

tenha lhe dado sua filha para batismo.

Há lirismo também nessa relação.

Belas canções, confiança e empatia,

desde aquele dia,

tão distante na memória,

que bem poderia ter sido na Glória,

Botafogo, Catete ou Urca.

No pão de açúcar.

Mas dadas as dificuldades,

quis a vida, na verdade,

que fosse a simplicidade,

aquele ‘algo a mais’, que os aproximaria,

assim como foi com Maria,

que também com simplicidade,

deu ao mundo alguém tão bom.

Antonio, obrigado por me ter apresentado Rosana.

Rosana, obrigado por ter aceito minha filha em batismo.

Minha filha, obrigado por ter aprovado...

e a Deus, muito obrigado pela sabedoria.