Uma vida só, que uma vida só

Esse era um lema que levaria até os confins da minha alma imortal,

Sendo uma faca de dois gumes que poderiam transformar-se em um destino mortal,

Que poderia me diferir do humano sensato e do louco e perverso animal,

Por causa de ignorância e altruísmo a poesia teria realmente um ponto final,

São sentimentos que se entrelaçam diante de egoísmo inerente,

Palavras das línguas mortas da venenosa serpente,

Selando a verdade com uma mentira doente,

Tomando à vontade com um desejo estridente,

Finalmente fui libertado de altruísmo com um tapa de realidade,

Alguém que supera qualquer tipo de sentimento de saudade,

Um juramento que desconstruiu toda a minha negatividade,

Que mesmo sendo diferentes tornam-se sinônimo de compatibilidade,

Uma vida só era vazia porem interminável,

Algo que não se acaba perde o prazer de ser vivenciável,

É não ter medo de sofrer por não conhecer o terminável,

A vida de um imortal é sofrimento indecifrável,

Uma vida só de querer viver pela eternidade,

Não precisar de alguém por nunca atingir a última idade,

Perder-se sem sentimentos por só desbravar a neutralidade,

Antes mesmo de querer conhecer, diz a si mesmo, ‘descarte’,

Porém conheci um sentido alternativo,

O sentido que procurava, trocando subjetivo por ativo,

Sentir o amor puro e nativo,

Como fogo no peito que queria ser vivido,

Uma vida só para ser limitada,

Que queima com fervor pois um dia será terminada,

Usar-se no intenso sentido de vivenciada,

Saber que na trilha da vida ao fim estaria fadada,

Uma vida só de possuir intensidade,

Buscar em uma obra com bordas toda a tonalidade,

Sair do ócio com um pingo de vontade,

Viver uma vida amando de verdade,

Uma vida só que ser abandonado,

Desconhecer o medo de terminar exilado,

Acompanhado de romance, amor e destino atado,

Compartilhar a vida e a morte com um parceiro amado,

Enterrei meu mestre para que me encontrasse com esse novo viés,

Poder caminhar na trilha do compromisso com meus próprios pés,

Juntando com o nosso amor nossos juramentos e fés,

Sentindo na pele a água salgada que luta contra o convés,

Venho através dessa filosofia despedir e agradecer,

Que o destino me proporcionou um amor a conhecer,

Procurando um coração para permanecer,

D’eu a conquistar e d’ela me ter,

Hoje entendo qual o sentido dessa frase que carregava como um pesar,

Achava que era um sofrimento que teria para sempre carregar,

Largar tal egoísmo me ensinou que eu tenho um amor a cultivar,

Esse é um amor que eu quero sempre amar,

Essa é uma história que terá um fim,

O amor mais vermelho que qualquer tom de carmim,

Mas é um juramento que não terá fim,

Agora que é minha amada, carrega um pedaço de mim,

Seja bem-vinda ao meu coração de moço,

Ter uma obra de arte que começa pelo esboço,

Mais visível paixão que marcas no pescoço,

Pensar em nosso futuro já me deixa ansioso,

Aqui eu enterro um amigo e uma vida que levaria solitariamente,

Afirmando que nenhuma gaiola fria é melhor que nossa liberdade quente,

Mesmo que tudo não seja feito de um destino sorridente,

O nosso sorriso é a chave para o sucesso a nossa frente.

Corvo Cerúleo
Enviado por Corvo Cerúleo em 11/10/2018
Reeditado em 11/10/2018
Código do texto: T6473036
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