O AMOR NÃO MORRE, HIBERNA

O AMOR NÃO MORRE, HIBERNA

Não sou a dona da verdade,

mas tens que raciocinar,

eu não sou a única culpada

do que aconteceu entre nós.

Ser eu assim castigada,

dessa forma, maneira,

você se esquivando de mim, veja bem,

se eu mereço tamanho desprezo.

Eu o perdoo,

não o condeno,

pela atitude que tomou,

apenas nunca vou aceitar.

Tentei, você sabe que tentei,

fiz tudo o que pude para te esquecer,

a pedido seu, mas não consigo esconder,

o meu amor por você.

Um amor que toma conta do meu ser,

que não mudou, tudo continua como antes,

transparente, estampado na cara,

na alma, na cabeça, no coração.

A saudade dói, tem dias que são piores que outros,

lembro das nossas conversas,

momentos, de pura descontração,

de esperança, promessa e jura de amor.

Cinco anos de felicidades,

cinco anos de um oceano entre nós,

que separava apenas os nossos corpos,

pois nossas almas, nunca se afastaram.

Um coração apaixonado não se engana,

sei que o meu lugarzinho no seu coração,

nunca foi ocupado totalmente,

assim como você no meu, também nunca foi.

Se eu acreditasse no amor de vidas passadas,

ou em almas gêmeas, diria que somos as tais,

por tudo o que se passamos,

continuarmos a nos amar, como nos amamos.

O amor pode até ter adormecido,

ter estado quietinho,

acomodado, mas não morreu,

isso ninguém conseguiu arrancá-lo de nós.

O nosso amor apenas espera a chance para aflorar,

manifesta-se, reacender a chama que fora apagada,

espera que a atitude precipitada, decisão tomada errada,

sejam reparadas, para vivermos de vez, lado a lado esse amor.

Neide Rodrigues, poetisa potiguar

NeideRodriguesPoetisaPotiguar
Enviado por NeideRodriguesPoetisaPotiguar em 17/11/2018
Reeditado em 17/05/2019
Código do texto: T6504693
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