UMA VIAGEM COM O SAMBA
Uma viagem com o samba
Samba,
Um ritmo quente, apaixonante,
que mexe com o corpo da gente,
com as cadeiras, principalmente,
com a candura da Beth, da Odete,
com letras de Nogueira, da Vila,
“Pixinguin, como a vovó chamava”
viajei contente, pra ver Madureira,
cantar, “que meu coração se deixou levar”,
pela viola plangente de Paulinho,
pelo canto das três raças, que
soube bem, Clara guerreira,
cantar com seu remelexo mineiro.
Samba,
quadrado, redondo, ou comprido,
eu era ainda criança,
já ouvia e gostava desse ritmo,
ouvindo os mais belos sambas de enredos carioca,
na voz inconfundível do grande Martinho,
dei meus primeiros passos,
sobre os pés de quem sambava,
aprendi muito sobre História do Brasil,
através desses enredos,
me identifiquei em pele de negra que não nasci,
baiana que nunca fui, passista que ousadia!
Mas que bem gostaria de ter sido.
Samba,
dentre os ritmos brasileiro, o mais original,
mistura da polca com xote e maxixe,
os mais belos sambas compuseram Rosa,
Nelson com seu cavaquinho,
preciso me encontrar com cartola
e viajar em seus versos, pois o mundo é um moinho.
Samba.
que despontou no Rio, apenas no século dezenove,
oriundo de diversas culturas populares de todo Brasil,
pra nos encantar, nos trazer alegria,
mexer com o corpo da gente.
Neide Rodrigues, poetisa Potiguar, em 18/06/2019