Por onde andarmos

“O silêncio dos anos e do tempo

Fizeram que a distância física

Nos tornassem distantes,

Alunos de outros alunos,

Alunos de professores

Professores de alunos

Amigos de amigos.

Somos colegas sem distinção: Professores e alunos

Sempre aprendendo, Sempre ensinando,

Embrenhar-se na vida! Em seus destinos,

E cada um seguiu a seu,

Cada qual, o seu caminho.

E as boas lembranças ficaram:

Ora nebulosas, ora por breve lampejos

As lições,

O recreio,

As confidências entre as meninas

As bravatas entre os meninos

O carinho dos professores

As broncas pelas traquinagens

Bons tempos...

Boas lembranças...

Tempo que passou, tempo que não perdoa...

Breve lembrança e saber que

De alguma forma, saberemos sempre

Que por onde quer que andem

Ouvirão nossos passos,

Nossas vozes, nossas gritarias,

Nossas correrias pelo pátio,

Nossos corações pulsando,

E só estaremos distantes

Se um dia, por acaso

Nos esquecermos do que vivemos.

Marcados como pedras ao tempo

Resta-nos a saudade

E a alegria de um reencontro.

E os sentimentos que bem não se explicam:

Algo como uma ponte encantada ou

Uma sombra fantasma

Que em algum lugar entre o passado e o presente

A vida passada volta novamente diante de nossos olhos.

Um sentimento perpétuo e de eterna amizade.”