Esclarecimento ao cego

Ontem algumas palavras foram à rua,

Fixiram-se em um muro e então começaram a dizer outras palavras.

Entretanto, eu ouvi algumas controvérsias, pois,

Era alguém que discordava do contexto poético,

O contexto formado por aquelas inteligíveis palavras.

Hoje, um certo indivídou veio à rua, desobedeceu a Lei

E atropelou aquelas palavras.

Vendo tal cena, revoltei-me e comecei a falar:

O poema que tu vês, naquele muro, companheiro,

Não é apenas um emaranhado de palavras de um poeta inconformado, é um poema inconformado de um poeta crânio.

E tal poema, é um espelho que reflete a imagem da tua ignorância,

A insofismável tradução da realidade altamirense,

Essa imunda e triste realidade que nos cerca.

Tu, companheiro, não vês isso porque estás cego,

Estás tão cego que não consegue perceber que és um cego.

E, essa tua cegueira, eu a chamo de ignorância,

Pois, o poema que tu devoras, é um espelho útil,

São palavras de um poeta vivendo o inconformismo

Veja! Ele reflete a imagem embaçada da sociedade,

Essa sociedade medícre na qual vivemos.

Não penses que usando óculos, resolverás o teu problema, pois, é a tua mente que está suja, mal-educada, cega.

Ouça! Respeite e procure aprender com os poetas,

Quem sabe, um dia, tu verás o mundo em que vivemos.

Eu, recomendo-te que bebas o chá de cada uma daquelas palavras, no mínimo, um milhão de vezes ao dia,

Durante uma década.

Faça isso e obterás a cura dessa tua rude enfermidade.

Charles Costa
Enviado por Charles Costa em 31/05/2020
Código do texto: T6963444
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