"Love Song"

De saber a sede viva insiste

Na verdade que te julga certa.

Na mentira que se faz concreta,

O seu mundo real não existe.

E de provar da fonte persiste.

E chega e se banha por inteira.

Fracassando a vida rotineira,

Aceita o novo saber em riste.

Te aproveita de cada momento,

De toda conquista que se tem.

Essa sede a saber de onde vem,

Seca na fonte se exposta ao tempo.

Teus olhos, vivos, profundo breu,

Mistérios sutis em portas d'alma.

Decifrar me toma tempo e calma...

Passa ao tempo tal qual coliseu.

E por mais que se tente entender

Não consigo jamais alcançar

Todo mistério que me é você,

Que não pára jamais em explicar.

Se há areia em meus olhos? Isso há!

Com sentimentos em profusões.

E nesse deserto de emoções

Como, me diz, posso eu caminhar?