De Segundos a Horas

Hortência, me perdoe pela ausência

Confesso, de antemão, que estou alucinado

Te amar tem sido uma viagem tão fantasiosa,

Que direi a velha, inevitável amiga no fim da jornada, que adorei

Talvez eu tenha sido alienado a não escrever

Entenda, suas mãos sobre meu rosto me confortam tanto,

Que, como uma criança serelepe, me divirto.

Princesa, escreverei amores em sequência

Alegro, em pura reflexão, o quanto estou apaixonado

Te beijar me induz a um estado fora de órbita

Sei, acima de qualquer intriga ou mentira, que a ti me entreguei

Às vezes desejo dedicar, mas, nunca quando estou com você

Donzela, meu coração a ti pertence, e volta a bater sem precedentes, sem prantos

O qual, antes me machucava, mas, agora só me convoca a prosear amor,

Obrigado por isso.

Não escrevo mais no puro vício, assim como no passado

Motivo? Não mais o necessito, possuo alívio vívido

Criar mundos e contos românticos? Não é mais o que preciso

Estar contigo, isso sim aprecio, previsto já em tantos, e tantos sonhos

Agora apronto, de imediato, nosso cantinho, que tanto amo.

Você, Hortênsia em glória, Vitória, me apavora

Como agora, me entristece por estar longe, como uma história saudosa

Mas, que voltará e me deixará a sentir ternura, até que vá embora

E retorne, para recomeçar toda essa nossa história, até que a viagem termine

E você não mais tenha que ir,

Como agora, te amo, como outrora, de segundos até as horas.

Amor, assim como um cãozinho que espera do lado de fora

Estou aqui, neste temporal emocional

Amor, não demora.