XLVI - Morte Branca - Ethos de uma Alma Invertida
É-me mais interessante
Enterrar seu corpo sob
A grossa camada de
Gelo aos pés da bela
Catedral de São Basílio,
Pois não há, para ti,
Lugar em meu Jardim.
O branco do gelo
É o branco de sua pele,
O frio do gelo
É o frio de sua alma.
Que os vermes façam
O trabalho de devorar
O seu belo corpo e
Fazê-lo igual a tua alma.
Se nem mesmo os
Vermes se dispuserem
A fazer o seu trabalho,
Então que seu corpo
Permaneça intacto sob
O branco manto de neve,
Um macio esquife.
Branco leito de repouso eterno...
Uma ode à sua feia beleza!