"Os bons morrem jovens" homenagem à Francisvaldo Feitosa
Renato tinha razão: "Os bons morrem jovens"
Sob as vestes de um homem pairou na terra um anjo.
De coração puro e pele dilacerada
pela DEShumanidade.
Em lugar das asas lhe foi concedido a palavra:
Seu escudo e sua arma, sua angústia e poder.
Diante da banalização da vida: a indignação!
Diante da diversidade: O amor!
Diante das injustiças: sua voz incessante! A gritar pelos silenciados
O cristianismo pregado além da igreja...
O Cristianismo pregado!
Voz, tempo, corpo, existência e vida emprestados aos oprimidos, "só porque são oprimidos", ele dizia!
Sua potência despretensiosamente ensinada, transferida pela arte de educar.
Educar... Educar-te, EDUCAFRO! Fomos palco onde tamanho amor e luz eram irradiados.
Literatura crua? Nunca!
Entre ensinos de barroco, romantismo, arcadismo...
Aulas de RESISTÊNCIA e HUMANIDADE.
Existência política, crítica, cristã, heróica, exemplar... Faltam-me adjetivos.
A palavra falha na função de definir tamanha grandeza humana.
As Dimensões do efêmero e eterno se fundem a dançar em círculos
Esperança! De que os mistérios da existência revelem-se um dia, no milagre do reencontro.
Resta a esperança, a fé na vida! O amor que VIVE e ecoa por uma existência política, por justiça, por humanidade!
Você vive, Francisvaldo! Você vive!