Ao Pequeno
Enquanto Cristo segurava tua mão
A noiva dele agarrava-se a teus pais;
Nossos olhos, chorando porque vais,
Inda molhados, consolam-se em oração.
Como queríamos que fosse em nossos braços
Que naquela hora, pequenino, repousasses;
Como queríamos ver mais risos de tua face,
E por mais tempo sentir os teus abraços...
Mas, bate asas, Raul, e rompe o céu!
Nossos peitos vão voando junto contigo.
E recosta a cabecinha no peito amigo
do Senhor, que outrora rompeu o véu.
Vai... E sê feliz, Raul, com o Messias!
Lá, onde não há choro, nem tristeza.
Com Senhor, provarás, temos certeza,
Das mais puras e profundas alegrias.
Parnaíba, 2 de outubro de 2015.