Ao Pequeno

Enquanto Cristo segurava tua mão

A noiva dele agarrava-se a teus pais;

Nossos olhos, chorando porque vais,

Inda molhados, consolam-se em oração.

Como queríamos que fosse em nossos braços

Que naquela hora, pequenino, repousasses;

Como queríamos ver mais risos de tua face,

E por mais tempo sentir os teus abraços...

Mas, bate asas, Raul, e rompe o céu!

Nossos peitos vão voando junto contigo.

E recosta a cabecinha no peito amigo

do Senhor, que outrora rompeu o véu.

Vai... E sê feliz, Raul, com o Messias!

Lá, onde não há choro, nem tristeza.

Com Senhor, provarás, temos certeza,

Das mais puras e profundas alegrias.

Parnaíba, 2 de outubro de 2015.

Antonio M
Enviado por Antonio M em 02/10/2021
Reeditado em 02/10/2021
Código do texto: T7354976
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