Cicatrizes

Meu corpo são vestígios do que restou de mim...

Meus pensamentos tentam fugir,

Daquilo que não controlo mais,

Minha humanidade silencia-se.

Minha alma cansada, pede socorro!

Uma dor que fere feito fogo,

Sufoca meus dias,

Tira-me o chão...

Mergulhada num buraco sem fundo,

Caio! Caio! Caio!

Como me achar? Onde estou?

Clamo por meu Deus!

Sei que me sustentas,

Mas sou fraca demais para entender...

Perdida num mar de emoções,

Minha paz adormece...

Sou apenas marcas do tempo.

Exausta no silencio de mim!

Tento gritar, mas minha voz silencia-se...

Sou pedaços do que restou,

Cato os vestígios do que sobrou,

Sigo caminhando, ainda que esse percurso seja:

Árduo, difícil e abstrato.

Compreendo que são resquícios de mim,

Marcados na minha existência,

São as cicatrizes de mim...

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(Luto pelas perda das minhas avós: Maria e Clamir)

Intensidade
Enviado por Intensidade em 24/11/2021
Código do texto: T7392965
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