Afrodisíacas(Poema 16)

Não são os sátiros que levantam

Seus tirsos e jactam-se por

Mostrar sua rudeza na conquista,

A rua comemora a deusa

Perfumada e bela: Afrodite, sempre bela!

As pétalas de rosa, os perfumes, os véus

Sensuais e brilhantes são as oferendas a deusa.

Os homens inflamam-se de tanta

Vida que corre, jorra como fontes quentes, belos efebos

Perdem a timidez de unir-se a outros belos corpos.

Vênus feliz, acolhe a todos

Com seus abraços e beijos demorados,

Hálito de damasco e margaridas

Por toda parte é sentido.

Vênus em vestido transparente,

Rosado e realçando sua

Nudez desejada assiste

Seus amorosos fiéis.

Os beijos, abraços e carícias

Percorrem em seu corpo com

velocidade.

Vênus sempre bela!

Oferendas de trigo e azeite

São colocadas nas portas

A dança toma conta das ruas,

Os sensuais corpos incorporam-se

Ao suave e delicioso hálito da comemoração.

Vênus, quem é este

Soturno rapaz que passa

De canto a sua festa animada ?

Vem ele de uma montanha, floresta ou

Do próprio Hades com olhar tão cabisbaixo?

Ele passa lentamente, já se foi.

Os perfumes e cânticos reiniciam,

A rua agora é pequeno Olimpo!

Martinschongauer
Enviado por Martinschongauer em 30/11/2021
Reeditado em 02/12/2022
Código do texto: T7396717
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