Ode

Eu nunca me livraria

de uma estante recheada de livros

onde cavaleiros andantes

combatem a desinformação

do ignorante

que por ser, é quase vivo

Eu nunca queimaria

bibliotecas

nem de Jagger ou de Alexandria

nem a pequena

de algum lugar do interior

Nelas contém

no mínimo parte da visão de tudo

Nunca que derrubaria

para no lugar

construir outra coisa...

Gosto de ler

sobre a vida do inventor

elefantes, mariposas...

das possibilidades oferecidas

num segundo

Do quanto a vida

tem a oferecer

de conteúdo

Bibliotecas

com suas atendentes...

ah, bibliotecárias

tão diárias

tão presentes

com óculos de grau profundo...

Há mais charme

que em danceterias

Na biblioteca

se dança com o mundo

-a diversão tem outra alegria

Ouvi certa vez;

A biblioteca

(na ótica das árvores)

é um cemitério...

pode até ser

mas sem conhecimento

esse cemitério

se estenderia muito mais...

universo, pensamento

sentimentos antietéreos

razões irreais...

Bibliotecas

têm pinacotecas...

os tons de azuis

cerâmicas, cambraias...

Têm heróis míticos

mundurukús

hindus

astecas

incas e maias

Oscaritos

Anquitos

Grandes Otelos...

Biblioteca

é sempre essa mão aberta

disposta ao elo

Não gosto de rei ou reinos

mas biblioteca é onde treino

meu castelo

09-04-2022

08h40min

Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 09/04/2022
Reeditado em 09/04/2022
Código do texto: T7491300
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