UMA VOZ DE CAXIAS

 

 

Dentr´as palmeiras de babaçu,

Ruge o grito de um homem,

Na sua cabeça um alfarém,

Pondo tudo, tudo em aliviação.

 

Com aljuba e estrela na ponta,

Desponta na sua terra natal,

Altaneira de brilho incontestável,

Assobiando com os bem-te-vis.

 

Do ápice do palhegal,

Não há quem possa,

Ferir o espírito da falange,

Dita por Sinésio Torres.

 

Apogeu de olhar eterno,

Debruçado nas letras da lei,

Extraordinário do povo,

Levar-te-ei estes versos.

 

Pelas arenas de tua vida,

Nem os filisteus jogaram pedras,

E tão poucos os semitas,

Ajoelharam aos teus pés.

 

Vozes do profundo universo,

Veem em tua defesa,

Saciando o augusto da paz,

E dando o medalhão no teu peito.

 

Jamais aquele finlandês,

Com espadas aguçadas,

Envesgarão ao te ver,

Na altivez do teu sucesso.

 

Que somente o verbo,

Rei das palavras,

Dos sentimentos e vida,

Far-me-ão iluminar em versos.

 

Caxias, é um mar insano,

De navegantes e aventureiros,

De balaios e balaieiros,

Soubestes desafiar o condottiere.

 

As trombetas se intercalam,

Nos altibaixos da pureza,

Fazem da cinética o embrulho,

Descabido e clamante.

 

Vem das faíscas das palavras,

Deslumbrando sementes airosas,

Desde os primórdios sociais,

Justiçamento seja feito.

 

Merecedor de áureas e lampejos,

É sorriso de uma guerra,

Não esclarecida nos olhos,

Do poder sobre poder.

 

Sobressai SINÉSIO TORRES,

O invicto dos mares,

Soldado fiel do infinito,

Guardião de belas amizades,

Todas no seu coração.

 

 

 

 

 

ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 20/03/2023
Reeditado em 20/03/2023
Código do texto: T7744825
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