Poeta do Jaboatão

Eu que sonhava ser um poeta famoso bonito, gostoso e maravilhoso, não passei de um ser humano comum numa estrada cheia de espinho, tropeçando nas pedras deixadas pelos que desejavam meu fim,

Mas que com o tempo foram ficando para trás, mesmo assim frases, versos e palavras deixadas por mim circulam e ecoam por toda parte do mundo não porque meu nome com essa palavra rima.

E não tem nada neste mundo que poderia mudar a sina desse ser que não fosse poesia, menina que nunca envelhece e tece no tear das campinas.

Tear feeito com peso das pedras presas nas pontas das cordas extraídas da algarve que o gado na seca rumina para não morrer de fome.

É como dizia o poeta de Recife na grande Jaboatão dos Guararapes que não conheci, mas que na certa minha alma representa .

Na agrura sem fim desse poeta apaixonado, cuja poesia não tem tanta pressa assim, apenas loucura desenfreada no desvelo incomparável de Serafim e seus filhos.

Pobre de mim que sofre por ignorarem esse coração tão generoso do Jaboatão dos Guararapes, de beleza ímpar, onde a poesia a alegria enobrece e luta para que ambos, poesia e poeta, sejam sempre maravilhosos.

E não tenham fim de extinção e sim de finalidade permanente! Canta meu povo: frevo e xaxado, polca e baião que a festa só está começando,

Viva Suassuna, o poeta nordestino do campo da cidade e do sertão,, vamos dar as mãos e rezar no "No Alto da Compadecida".