E o verso “teu corpo suave de hortelã”, da canção “Reluz”, de

Marcos Sabino, hoje, arremete-me ao ano de 1982. Nos meses de junho,

vínhamos passar as férias escolares na Capital Baré. Eram três dias de

“recreio”, de Novo Aripuanã a Manaus. E eu, na hora do almoço, feliz da

vida, pois no barco serviam refrigerante. Algo que em casa era luxo. Êh,

saudades!

Os táxis eram todos amarelos, os fusquinhas da Volks.

Ficávamos no Bairro Santa Luzia, casa do Tio Lucas e da Tia Velha.

Ainda lembro do pátio grande, na frente da residência, com cerâmicas

“matizadas”… E jogávamos bola (rs). Rapaz, e a Ponte do Cajual?!…

À tarde, hora da merenda, tinha café e pão quentinho, com

manteiga primor em tablete. Mano, era muito gostoso. À noite,

assistíamos televisão até tarde. Ah, os filmes. Gostava de assistir

Hércules, Viagem ao Fundo do Mar, Jornada nas Estrelas… Lembro do

cheiro do pau-rosa que exalava da usina que ficava perto da ponte.

No centro, perto da Igreja Matriz, tinha um zoológico… Lembro

dos carrinhos de lanche e dos sorveteiros.

Papai sempre tinha consultas com o Dr. Moura Tapajós, não

lembro em qual edifício ficava seu consultório. Êh, meus oito anos de

idade! Tempo, tempo, já não se fabricam infâncias como antigamente.

 

Nota: Homenagem a Dulcineia Ribeiro de Albuquerque, e a

Manoel Lucas Albuquerque.

_Fábio Ribeiro