AO POETA DRUMMOMD

 

Ao Poeta tudo foi permitido dentro de um sonho.
Poeta foi criança, inocente, tão cheio de esperança;
Foi homem, sentimental, tão repleto de emoções;
Mulher, romântica, tão intensa no sentir poético;
música, amor, magia, contentamento, tristeza.
O Poeta foi tudo e ao mesmo tempo nada, foi essência...


Poeta_ disse o poeta dos poetas_ é um fingidor...

Drummond, em meio às pedras do caminho-poesia:
Transfigurou-se... Transmutou-se... Sentiu dores que não era suas
Varreu templos de deuses cuja fé não professava...
O Poeta não tinha pressa... A vida não o alcançava... Ele não cansava
Versejava. Desejava sempre algo mais que a poesia que escreveu
Queria aquele beijo que não sorveu o carinho que não deu

Poeta, não é gente, é bicho raro, diz outro poeta,
O Saramago...

Drummond  sim foi/é bicho raro, jóia preciosa
No Poeta, não havia uma mente ardilosa...

Sim, um coração repleto de verso e prosa,

 De rima gostosa... Ou a falta dela também...


Não são todos os que entenderam o Poeta...
Alguns poetas não se entenderam também...
Mas uma certeza fica, só entende o Poeta,

Quem amar... E amar de verdade a poesia também!

 

Denise Severgnini

10h33min 26/01/2008

 

MOTE: homenagem à  Drummond