Poema ao Rio Paranaíba II

Poema ao Rio Paranaíba II

Eras para mim um espelho!

Em suas águas contemplei minhas mágoas,

Sentindo medo, enfrentei o abismo,

devagar fiquei de joelhos, acariciei suas águas.

Grande rio de minha infância!

Muitas vezes correu taciturno,

És o oásis em que sonho suas ondas navegar

Em que trago em volúpia o vinho da suadade.

Sentindo o coração vibrar

O vejo na lembrança

O balançar de suas águas soturnas

Num cadenciado melancólico e noturno.

Mergulharei a fronte em suas águas,

Passarei pelas suas portas

Sentirei o balanço de suas ondas

Meus olhos verão a sua amplidão

Depois, nada mais importa...

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 26/03/2008
Código do texto: T917451