Poema ao Rio Paranaíba II
Poema ao Rio Paranaíba II
Eras para mim um espelho!
Em suas águas contemplei minhas mágoas,
Sentindo medo, enfrentei o abismo,
devagar fiquei de joelhos, acariciei suas águas.
Grande rio de minha infância!
Muitas vezes correu taciturno,
És o oásis em que sonho suas ondas navegar
Em que trago em volúpia o vinho da suadade.
Sentindo o coração vibrar
O vejo na lembrança
O balançar de suas águas soturnas
Num cadenciado melancólico e noturno.
Mergulharei a fronte em suas águas,
Passarei pelas suas portas
Sentirei o balanço de suas ondas
Meus olhos verão a sua amplidão
Depois, nada mais importa...
Marta Peres