Sobre as coxas...

São valiosas partes... Belas peças

Ornamentam as pernas soltas

Esquecidas. Às vezes dispersas

Tímidas, salientes... Encobertas

Heroicas! Sem ode... Não pode!

Pouco declamadas... Sacodem

Esquecidas como as axilas

Injustiçadas nas suas medidas

Mas com seu charme axial

Nas dóceis entradas e saídas

Despertam o sensual visual

D'alguma fêmea escultural

Sejam flácidas ou mesmo rijas.

Malhadas, nuas, duras ou roliças...

Com ou sem varizes são ninjas

Mesmo as finas ou as reboliças

As lisas, as grossas, as curtas

Colorem ternura nas vistas

Dobram chamando atenção

Quando salientes se mostram

São apreciadas com devoção

Logo e rápido nos excitam

Feiticeiras acendem o tesão

Mesa de alguns improvisos...

E aos afagos dos namorados

Dos tímidos aos mais atrevidos

Ou no toque dos apaixonados

São as que recebem bandidos

Ou os encabulados exaltados

Coxas roçam nas colchas...

Nas fricções das emoções.

Sacolejam diante do medo

E tremulam nos colchões

Prontas às ousadias e dedos

Amantes sem culpas se dão

Suas coxas em perfeita união

Nas peles que não se repelem

Mãos bobas passeiam solfejos

Onde só o amor é que equivale

Na sinfonia que eletriza desejos

Ternuras e carícias por ali bailam

Nos vales, montanhas de beijos

Nos aiiss dos lençóis de cetim

Estão ao Deus dará do amor

Que acariciam a você e a mim

Aquecem-nos do frio e da dor

No frenesi da paixão sem fim

Onde as amarras se soltam

Delírios em festas que sobrevoam

Sedução plena, serena que aquieta...

Elas resistem a olhos que se insinuam

Dos que buscam camas em espreita

Orgasmos silenciosos às esperam

A completude no ato dos amantes

Fazendo o suave rebuliço saliente

E as coxas adormecem contentes!

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 06/04/2008
Reeditado em 14/10/2012
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