ELA ASTRO
Ela rege-se pela ventura
Como um astro.
Não não creio em leis
Nem física
Nem fé
Nem destino
Nem além
Só o caos e o acaso
Só a morte e o amor
Quem tem fé no amor?
Quem destina a morte?
Qual a física do caos?
Qual o mundo do acaso?
Tudo se rege em dois gumes
E tudo acontece a todos.
Como prever sua vida?
Como prever sua morte?
Como falar de destino
Com a mão sempre na porta?
Mas ela foge para brilha em infinito
Existe no espaço até onde ele dura
Gravito nela
Em seu redor
Em seu poder
Morro em mim quando toco sua vida
Existo aqui com ela ausente
Desfaço-me em corpo
E cresço em tudo
E ela existe agora e sempre
Sem física
Sem lei
Sem destino
Sem fé
Num além que é distância
Em ventura do seu caos
Sem morte
Sem amor
Só acaso
Como um astro.