QUANTO TE DEVO, MÃE ?

Eu imberbe e frágil, em teus braços, cria imatura

Recém nascido sugando a vida em teu peito

Sem defesas e tão protegido sob os cuidados

Das muralhas do amor mais do que perfeito

Antes de ti, eu nada era, apenas escuro infinito

Então o milagre da vida no teu ventre foi feito

Quanto te devo? Por abrir-me as portas do mundo?

A vida, se eterna, seria pouca, para tanto preito

Nada sabia e tu ensinaste-me com tanto desvelo

Os primeiros passos que dei mesmo sem jeito

Assim aprendi, óh mãe, a não temer o desconhecido

A cruzar com confiança os caminhos imperfeitos

Teu sorriso, tua retidão era crença no futuro

Guiou-me à justiça, à fé, ao profundo respeito

Iluminam agora os caminhos duros do homem

Na reconstrução contínua dos sonhos desfeitos

Quem és tu, senão a filha escolhida do criador

O imã que atraí e resguarda a vida no corpo eleito

Tu és a melhor resposta aos infortúnios da morte

Ao parir filhos, em ti, sonho de Deus foi satisfeito!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 10/05/2008
Reeditado em 30/10/2016
Código do texto: T983677
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