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POEMA PARA A MAMÃE QUE SE FOI
 
Sempre que me olho no espelho
e vejo indeléveis as marcas que surgem,
constato que o tempo implacável não para.
Recordo-me de quando era jovem
e via marcas no teu rosto sofrido
sem me dar conta dos motivos.
Hoje sei que foram conseqüências
de sua dedicação para comigo,
de tanta doação incondicional.
Muitas noites em claro ao meu lado
nos momentos de febre ou dor,
velando e aquecendo meu corpo.
Dos toques de suas mãos tanto carinho,
e fluidos curativos para a minha cura,
pois para ti minha saúde era tua alegria.
Hoje quando sento à mesa e não te vejo
sinto como se faltasse parte de mim,
é um vazio acompanhado de amargura.
Agradeço-te pelo que hoje sou
e sei que onde estás, ao lado de Deus,
cuidas de mim me seguindo sempre.
Mesmo não estando mais comigo
assim, de corpo presente e real,
estás em um cantinho só teu
dentro do meu saudoso coração. 

* Esta poesia está no livro "Mania de escrever" a ser lançado brevemente com poesias diversas. É proibida a cópia ou a reprodução sem a minha autorização.
Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 11/05/2008
Reeditado em 11/05/2008
Código do texto: T985172
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