Das Cinzas

Pensar, ter e obter o ato de se sentir humano,

Amar, sofrer e viver a vida como que se aprende a viver.

Continuar ou querer um fim,

Ser forte o bastante para erguer a cabeça e tentar,

Ou ser capaz de apertar o gatilho.

Procurar a cura e encontrar o veneno,

Precisar de ajuda e ignorar suas mãos.

Ter em mente o plano perfeito e temer a morte,

Sofrer em vida, viver apenas com uma gota de sangue,

Cair e cair e sem forças será que um dia conseguirei me levantar.

Sentir você, ter um palpite, mas ter medo de não ser coincidência, ser apenas mentira do meu coração.

Ter certeza que esqueci, dizer com o peito aberto que sim,

E viver na mentira que não quero acreditar.

Por que pensamos, e agimos de maneira fútil,

Por que ter sede em te ver, e saber que sua fonte não mais é do meu agrado.

O corpo humano erradia calor, mas quando sinto que perto de você estou, congelo-me por medo em te ver.

Seres humanos completos idiotas, não conseguem aceitar o perdão,

Não conseguem esquecer um dia de magoa ou ao menos trocar por muitos anos de paz.

Amar não é tudo, tudo se resume em passado, e o passado me assombra como sei que assombra sua alma.

Mal acordei e me recordo das cinzas,

Tentarei de novo farei outra lavagem em meu coração e desejarei outra vez um adeus.

Tudo parece um deja-vu só que dessa vez esse sentimento não me fará chorar.

Talvez amanhã eu esteja aqui, talvez amanhã o aqui não exista mais pra mim.

Talvez alguém possa me dizer o que é preciso para não pensar que se existe amor em alguém que não consegue amar.