ATEU

ATEU

O ateu na noite densa...

O clarão da lua,

Devagarzinho,

Acaba com toda com toda aquela amarga escuridão.

Devastando a treva,

Alcamando as aves,

Transformando as árvores,

Os rios,

Os lagos,

As serras,

O imenso mar,

Em verdadeiros monumentos de prata viva,

Onde o mais emperdenido dos homens,

Vê-se diante de uma grandeza estranha

Pela formação de tão bela paisagem.

Pensa,

Medita...

Tira as suas conclusões:

“Tal quadro”.

Obriga ao ser inteligente

A esquecer o seu mais absoluto ateísmo.

...Em alguns minutos,

Vacila,

Treme de medo ao ver até onde foi sua ignorância.

E a sós,

Compreende a existência de seu ex-inimigo...

... Pela maravilha da natureza.

Percebe que está bem ao lado de Deus.

Brasília, 14 de abril de 1966.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 19/04/2009
Reeditado em 16/03/2011
Código do texto: T1547179
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