O Rio da Vida

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As águas do rio da vida

Escorrem do seu leito sereno

Às vezes em corredeiras caudalosas

Desviando-se das pedras do caminho

Muitas vezes deslizam pelo percurso

Sem dar-se conta da paisagem à volta

O rio da vida às vezes é manso, calmaria

Passa, silente, paciente e observador

Derrama-se e nutre a margem; ribeirinhos

Espalha-se, alaga a margem; nunca sozinho

O rio da vida pode ser bravio, intenso, irado

Mas toda essa violência (inútil) não quebrantará

As tantas pedras que há de encontrar pelo caminho...

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(Lena Ferreira)