NÃO

Ouço o silêncio das almas trespassadas.

Em tempos imprevistos.

Na inocência de um anónimo.

Todos os monstros por procuração.

Saíram dos seus covis normais e encobertos.

Para negarem a simplicidade vital.

De quem não os conhece.

O sangue explodiu por simpatia.

Com bombas covardes letais.

Calo as minhas letras com lágrimas.

Na impotência da minha singularidade acomodada.

Choro as minhas lágrimas, e as de todos.

Em compaixão, em raiva.

Eu digo no meu silêncio escondido.

Chega...Mais não.

lourdes maria
Enviado por lourdes maria em 29/06/2006
Código do texto: T184242