Janela da Espera

Estou mergulhado em cautela.

Todos os sentidos estão em alerta.

Tento ouvir e decifrar todas as manifestações,

Todas as sensações,

Tantas constatações...

E, principalmente todas as intuições!

Atento a tudo

O que me acontece no mais profundo.

Mantenho abertas todas as possibilidades,

Que sugiram tranquilidade.

Tenho algumas metas.

Todas obedientes às setas.

Estou confiante no próximo passo.

Nem por isso, marco passo.

Venho me preparando para a virada,

Que há de vir iluminada.

Esforço-me, para conviver bem com a espera.

Enfeito sua janela

Com vasos pequenos

De flores amarelas.

Abandonei os extremos,

As atitudes paralelas.

Foco-me no centro

Do meu epicentro!

Ponto de partida de todas as soluções,

De todas as principais decisões.

Minha linha do equador

Origem de todo ardor.

Ali, o que sou está em latência!

O colo da essência.

O núcleo da solvência.

Fonte única da minha obediência.

Quero me manter aceitavelmente equilibrado,

Para recepcionar bem,

O momento tão esperado

E, se possível, ir além...

Apreender todas as lições.

Executar todas as missões,

Que o peito determinar,

Que a luz me convidar...

Dedico esse texto à minha amiga Neuza Torres

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 05/06/2010
Código do texto: T2300699