Guerra e paz

Apontem as armas, todos, para outra direção...

Para onde não há vida, um irmão, mesmo assim

Não as destravem, não acionem os gatilhos não,

Deixem que meu soluçar de dor seja só de contentação.

Agora, sim, apontem-nas, sob as ordens do comandante,

Todas para o chão; abram as comportas bélicas dos canhões,

Deixem que todos os projéteis caiam por terra,

Onde se encerra o medo de todas as nações.

Depois de tudo num canto largado, deixem que a ferrugem

Destrua armamentos leves e pesados, que a história conte

O passado desse soluçar de dor, que por força da razão

Transformou-se em amor e paixão.

Escrevam ainda, sob as ordens do comando maior

De seu país, em placas de gusa, as palavras paz e amor

Em cada coração, saiam pelas avenidas cantando...

Uma canção de ninar gente grande e pequena

E não repitam mais essa cena não.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 04/10/2006
Reeditado em 28/10/2006
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