Guerra e paz
Apontem as armas, todos, para outra direção...
Para onde não há vida, um irmão, mesmo assim
Não as destravem, não acionem os gatilhos não,
Deixem que meu soluçar de dor seja só de contentação.
Agora, sim, apontem-nas, sob as ordens do comandante,
Todas para o chão; abram as comportas bélicas dos canhões,
Deixem que todos os projéteis caiam por terra,
Onde se encerra o medo de todas as nações.
Depois de tudo num canto largado, deixem que a ferrugem
Destrua armamentos leves e pesados, que a história conte
O passado desse soluçar de dor, que por força da razão
Transformou-se em amor e paixão.
Escrevam ainda, sob as ordens do comando maior
De seu país, em placas de gusa, as palavras paz e amor
Em cada coração, saiam pelas avenidas cantando...
Uma canção de ninar gente grande e pequena
E não repitam mais essa cena não.