RENOVO

Mas de presa reboco meu eu

Para a reciclagem

Para o fundo de quintal do monge

Este ser sábio que me resta

Escondido na esquina de meus olhos

Depois da quadra da quietude

Ali,na raiz das palavras

Aonde da língua nascem os sons

Aonde me moldo para o mundo

Com agudos e graves que me retratem...

E me retoco de uma camada de tinta

Em tons de luz da alvorada

Em matizes suaves e doces

Qual faca que rasga a minha noite

E me faz sorrir de novo

Como menino

Que reencontra seu brinquedo...

ou apenas como homem

que reencontra seu caminho...

* dedicado a minha querida jujumary