PERDOADO

Eu perdoei o mal que me fiz.

Que te fiz.

Te perdoei o mal que me fizeste.

Pensei.

O rancor é peste.

Mata, destrói.

Te perdoei.

Que bom! Te perdoei.

Me perdoei.

Nos magoamos tanto.

Causamos pranto.

E despedaçamos os sonhos.

Mas tu procuras reconstruir teu viver.

E eu procuro esquecer.

E também bem viver.

As mágoas do passado foram se extinguindo.

Me pego ternamente sorrindo.

Pra um sonho novinho.

Recebo carinho.

E exorcizo o passado.

Que sou feliz de novo eu posso dizer.

O que acabou é finito.

É acabado.

Está enterrado.

Está tudo perdoado.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 21/02/2011
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