Silêncios

Já não me seguro mais

neste porto,

nesse corpo cansado

e já meio morto.

Já não me prendo mais

nesta casa,

nesta sala

onde a solidão me fala.

Já não me espero mais

nestas esquinas,

nem me consolo

nos olhares e retinas

dessas pobres meninas.

E já nem me falo,

prefiro silêncios e restos;

porque não me presto,

então, me calo.