Pinceladas do artista

Pinceladas do artista, nas manchas da conquista,

Nos traços que rabisca, sem se perder de vista,

Enxerga a bela paisagem que na tela a imagem fixa,

Banhando os olhos com a leve brisa.

Enxerga o campo de trigo amarelado,

Os camponeses que se achegam,

Com carroças ainda vazias

Para mais um dias de trabalho.

Crianças também se achegam

Para aprender a profissão

Com que sonham para o futuro

Garantirem o seu pão.

Sobre os chapéus daqueles homens

O sol se põe a cima, sem hesitar pela manhã,

Já os avisa que no decorrer do dia

Se encontrarão com a fadiga.

Com suas inchadas, foices, chapéus e lenços

Não se deixando intimidar pela ameaça

Começam a labuta, com determinação,

Com cantigas acanhadas mas cheias de graça.

Em meio ao campos que se deita

Ao corte das ferramentas, e a colheita,

Não se intimidam pelo calor

Do sol que está a espreita.

Sem se preocupar com a vida

Brincam também inocentes crianças

Esconde-esconde, gira-gira

A diversão é que importa para futuras lembranças.

Chegada a hora do almoço,

Descem dos montes as senhoras,

Trazendo a marmita enrolada ao pano de prato,

A refeição esperada por várias horas.

O dia vai passando, o sol vai se despedindo,

Do suor que escorre pelo rosto,

Do trabalhador cansado,

Que logo deixará seu posto.

As carroças seguem cheias

Da colheita daquele dia

As crianças sobre o trigo nelas se deitam

Onde seus pais, as carroças guiam.

O artista recolhe seus pincéis,

E o quadro que pintava

Levando consigo a recordação

Da cativante vista que fitava.

Vander Oliveira
Enviado por Vander Oliveira em 07/03/2007
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