BRINCALHÃO DE MIM
(Sócrates Di Lima)


Eu sou irreverente,
...E dai!
Não sou diferente,
Nem ai e nem aqui.

Sou intenso,
Propenso,
A fazer tudo com sentir imenso,
De amar e viver pelo que penso.

Sempre levei a vida muito a sério,
Tinha por meta minha profissão,
Mas, na vida mais do que isto espero,
Saio do sério para ser brincalhão.

Fanfarrão, talvez,
Vilão do Eu explicito,
Vivo um dia de cada vez,
O mais, deixo implícito.

O recanto é um hobi natural,
Um desestressante passa tempo,
Onde coloco meu tempo informal,
Para realimentar minha mente a destempo.

Aqui escrevo meus textos,
Faço versos sobre qualquer tema,
Crio personagens em contextos,
Não fujo de nenhum dilema.

Não tenho dupla personalidade,
Nem caráter duvidoso,
Tenho minha própria identidade,
Dela não abro mão sou melindroso.

Alguns podem até achar que eu brinquei com sentimentos,
O que não é verdade,
Busquei sim, em alguns momentos,
Reativar minhas emoções com intensidade.

Sempre os fiz nos intervalos,
Quando sentia que o amor fugia de mim,
Tentava sair sem resvalos,
Mas, as vezes magoava e feria , e me penitenciava, enfim.

Hoje, já não penso mais assim,
Me recriei, me refiz, me situei,
Mas, algumas arestas preciso por fim,
Manter o unico personagem que se identifica em mim.

Por isto não tem mais importância,
Esse ou aquele personagem,
Posso mantê-los ou não, é a minha instância,
Mas nenhum macula a minha imagem.

Tantos aqui tem outros personagens,
Disfarçados de homem ou de mulher,
Não passam de bobagens,
No mundo virtual se é o que se quer.

Em resumo, cada personagem teve a sua fase,
Cada um no seu estilo potécio cou não,
Mas, todos com uma só face,
Minha forma de ser brincalhão.

O único personagem permanente,
E este não substituo por nada,
Todos os outros personagens são excludentes,
Unificarei no único nome artistico da minha poética escalada.