De Pádua à Pérsia

E na flor encontro abrigo,

E na noite, perdida entre estrelas,

Com o doce vestígio de lua,

Acerto o passo.

Seus olhos ...

Meus olhos,

Suas mãos...

Meu amanhecer,

Apreendo a pluma entre dedos,

Meu pássaro canta

Emoldurado na sacada vazia,

Meu sol é verde,

Meu anoitecer é escravo,

Nos elos da corrente, um açucar vermelho,

Derrete a lágrima, a gota fica eternizada,

No beijo a romã,

No abraço a uva...

Na Pérsia enfeitiça o reino,

Remoto o tempo,

Instantes e sorrisos!