Paragens...

Paragens...

Eu venho de velhas cidades

antigas friagens

remotas paragens...

Eu venho de assombrosas idades...

Venho eu das noites caladas..

das invernadas..

Eu venho das chuvosas estradas

Do olhar do boi..

Das pastagens e das ramadas...

Eu venho da paz e da guerra..do tudo e do nada..

Venho eu..na lenta caminhada

apeando em casas abandonadas..

Onde ainda ouço..

o eco das risadas...

Venho caminhante..

entre rocas e barbantes..

Circos retirantes..do meu mundo infante...

E de onde venho eu..

o luar é meu amante..

Venho lá das matas e lonjuras

Do frescor da noite escura

Onde pousa minha alma madura...

Eu venho do ventre materno

Do pai eterno

Dos arrebóis e quimeras

Eu venho de outras eras..

Das bojudas estrelas..

Dos cheiros das terras...

Eu venho do Rio Novo..

do Rio do Ouro..E das almas...

Eu venho do Araguaia..

do lume

do vaga lume...

Eu venho de tantas eras

tantas taperas...

Do veio da vida...

A nascente e a nascida!!

Vida.. vida.. vida!!

Minha prece proferida!!!

Dorothy Carvalho

Goiânia, 11.01.2014

Dorothy Carvalho
Enviado por Dorothy Carvalho em 12/01/2014
Reeditado em 13/05/2016
Código do texto: T4646019
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