Reflexões
E, eu que sempre me escondi, escrevendo,
porque quando você é pequena,
escreve,
quando você é única,
escreve,
quando se tem mágoas,
escreve.
Escrevo nem sei bem o que, e porque .
E ao escrever me sinto pequena,
como criança.
sinto-me especial,
como eu só ,
plena de mágoas por não perceber
que a minha verdade é diferente
de todas as outras vontades,
Escrever é despir-se,
é esclarecer que o abandono de tantos ,
a quem quero tão bem,
até mesmo dos que me são tão próximos
faz com que escreva mais e mais
sobre as minhas vitórias e derrotas.
Derrotas por saber que a humanidade é carente,
é indifertente e procura com quem
trocar e retribuir.
Vitórias pois apesar de todas as peças
que a vida me prega,
continuo acreditando que a vitória virá,
mesmo que o túnel fique escuro por longo tempo.
e nesse balanço de uma conta vital,
creio-me derrotada,
pois não é que esteja faminta de ajuda
sei também que na vida a dor é de todos,
sinto falta e de forma muito especial,
de carinhos permanentes e de compreensão.
Oh! Minha mãe,
Como gostaria de ser outra vez criança e ter tua
guarda nesses e em todos os momentos.
Ah... minhas vitórias,
São muitas e nunca as neguei,
quero mais , quero forças para ajudar
os marimbondos, os pássaros, as borboletas , as matas
que se enredam nos cristais de minhas janelas.
Com humanos, meu raciocínio toma forma de labirinto de
difícil entendimento.
Agora quero mudar, minhas forças estão abaladas,exauridas,
estremecidas e desgastada
assistindo a falência dos humanos,
na renúncia dos seres vivos racionais é
que compreendo as razões das derrotas e vitórias.