potro malhado

há abraços que apertam, mas que não são fortes

há a luz que acontece, mas não ilumina

entre o beijo da vida há o beijo da morte

e a figura da sorte a cigana abomina

a navalha do medo é a navalha do corte

o silêncio implacável é aquele que ensina

quem navega pro Sul só queria ir pro Norte

da vitória o sucesso é a falsa endorfina

na batalha com a chuva quem perde é o telhado

tive um potro malhado que me entendeu

e eu bebi água fresca da nossa moringa

o cachorro é o vigia em pé ou deitado

o olhar que eu pedia ela me ofereceu

quem se esquece do amor ele vem e se vinga

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 06/03/2017
Código do texto: T5932916
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.