potro malhado
há abraços que apertam, mas que não são fortes
há a luz que acontece, mas não ilumina
entre o beijo da vida há o beijo da morte
e a figura da sorte a cigana abomina
a navalha do medo é a navalha do corte
o silêncio implacável é aquele que ensina
quem navega pro Sul só queria ir pro Norte
da vitória o sucesso é a falsa endorfina
na batalha com a chuva quem perde é o telhado
tive um potro malhado que me entendeu
e eu bebi água fresca da nossa moringa
o cachorro é o vigia em pé ou deitado
o olhar que eu pedia ela me ofereceu
quem se esquece do amor ele vem e se vinga