Não me canso de ver o mar
Não me canso de ver o mar
de esperar
pela próxima estrela cadente,
que virá de repente
aconchegar-se no meu peito
em forma de desejo.
Não me canso de aguardar o sonho
que brota lentamente
da alma, da gente
e serpenteia pelas horas
em inacabadas demoras.
Por vezes,
aqueço a alma ao sabor da aragem
sentada na margem
entre o que sou e o que queria ser,
entre o que vejo e o que não posso ver,
entre mim e o que está para além da imensidão.
Isabel Fagundes
03/07/07