Vejo os gritos e escuto as dores
Há pessoas desiguais
E pessoas bem iguais;
Quem somos em nossos sinais?
Sinais tomados pela violência,
Violência trazida pela vida,
Vida que não nos foi dada.
Sangue que escuto,
Tiro que sinto,
Vejo tudo como um cego.
Humanidade predadora
Destrói tudo em sua volta,
Inclusive a si mesmo, na sua pessoa.
Vejo os gritos e escuto as dores,
Nos guetos há paz em ardores
Mas se confunde com a sujeira e seus odores.
Vejo os gritos e escuto as dores,
Nos asfaltos há paz em ardores
Mas se confunde com a sujeira e seus odores.
Vejo os gritos e escuto as dores,
Nos guetos há famílias em grandes dores!
Nos asfaltos há famílias em grandes dores!