Nas mãos, o sangue

Douglas era nascido
Num perigoso gueto
Aonde quem vive pode,dentro de instante, estar morto.

Mas criado, vivia jogando bola,
Brincando de pula-pula
Ou até mesmo de cabra cega.

Um moleque normal,
Corria sempre habitual,
Peralta de maneira natural.

Mas quando ouvia
O som ceifador na favela,
Corria para debaixo da cama.

Na escola tentava estudar,
Mas estampidos a estourar
Lhe faziam temer e parar.

Sua mãe sempre ia rápido
Para proteger o seu menino,
Mas era uma proteção do limitado.

Os dias se repetiam
E eles não fugiam,
Ali ficavam.

Até que um dia, soltando pipa,
Um tiro faz a pipa abaixar;
Um grito na favela ecoa,
A mãe de Douglas corre a chorar.

Pega o corpo dele no chão,
Suja de sague na sua mão
E acelera o seu coração.

Tristeza tamanha um pai enterrar o filho,
Mas aquela mãe manteve um sentimento vivo
De ajudar outras mães que também perderam seu filho.
Douglas Q Stemback
Enviado por Douglas Q Stemback em 23/08/2017
Reeditado em 04/09/2017
Código do texto: T6092730
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