zazen

me rendo a paz, inspiro

sentado na terra arrasada

visualizo um belo jardim

e o sinto em meus dedos.

longe dos ecos, dos desejos;

resto uno, perfeito incólume,

livre daquilo que puderam

me tirar à força ou por amor.

sem os ruídos do ter, escutei

uma linda melodia, Buda

estava certo, Sidharta antes dele,

longe dos extremos, interiorado.

me refiz, com o que precisava,

ar para os pulmões, chão sob os pés

o clima que estiver fazendo,

nada mais importa além da paz.

degustei o silêncio, e ele é bom