Companhia, a minha!
Nas viagens de ônibus pela cidade, a mesma rota, os mesmos prédios, nas noites a fios tentado chegar em casa, para fazer da sua coberta um casulo.
Tava cansada dessa de se machucar, te sentir e depois ter que não sentir.
Não lidava bem com a saudade, essa ela não queria nem conversar.
Mas gostava do seu canto, combinava a bagunça dos sentimentos com o guarda roupa organizado, o quadro na parede bem alinhado, seus pensamentos nem tanto.
De manhã, aprendi cada vez mais a se ter, a se aproveitar, a se ganhar.
Gostava de desfrutar seu café da manhã, que se dane ela podia fazer seu café e comer na cama, bastava desejar.
Solta, dançando e vivendo.
Aproveitando a paz da solidão, ela sabia que não seria sempre assim.
Que irei ter o dia de sentir de novo.
Só que dessa vez ela iria sentir mais por si mesma.
Solta, dançando e vivendo.