A P A Z

Esperança, abraço e beijo

olhos de criança,

guaritas de dor,

prantos esfaimados

como que açoitados

pelo vendaval dos antros

desbragados.

Partilhamos sol e sofrimento.

Somos rios de calmaria

luares sangrentos

correndo num desafio

pelas vertentes sem fim

esfaimados de paz.

E...

São mãos de algodão em rama,

semeando um elixir

onde o espanto e a loucura

do que parece não ser

mais parece gargalhar

num desumano crescer.

AH!...

Quem me dera ser Sol.

Ah!...

Quem me dera ser espada.

Pra ficar assim colada

embrulhada em lençóis

de nuvens,

na poeira do teu ser.

Harmonia em Sol Maior.

Volitando sentimentos

embriagados,

toldados

na urgência do amor,

na pressa de se viver.

PAZ!...

Semeadura infinita

de tudo que irás colher.

Religarás muitas vidas

inflamarás nossas lutas,

na mais perfeita harmonia

do que é ou deixa de ser.

PAZ!...

Quando a luz que nos alcança

nos lembra da dor saudade

do que já foi e vai ser,

no ciclo do renascer.

Alegria infinita,

despenteada d'orvalho

no dia que vai nascer.

ALUENA