Menina Marota

A resposta de todas as perguntas.

O objetivo de tudo você faz.

O motivo de todas as suas lutas.

É tocar com as próprias mãos, a paz.

E mesmo que você não saiba.

Até mesmo que não aceite.

É dela que você corre atrás.

E só nos braços dela é que tens deleite.

Mas a paz é uma criança marota.

Campeã de esconde-esconde.

Ninguém sabe o paradeiro dela.

Todos se põem a perguntar. Aonde?

A paz tem um especial poder.

É especialista em se disfarçar.

Pode até com a gente viver.

Sem a gente sequer notar.

Ela se confunde com calmaria.

De marasmo se traveste.

E a gente cego e louco a procurar.

Se joga inteiro na peste.

Procurando ela no dinheiro.

Ou no abraço de alguém.

Mas ela não está em nada.

Nem no colo de ninguém.

Ah menina marota!

Temos que aprender com você a lição.

Que não te achamos por ignorância.

Por não olharmos dentro do coração.

É lá que você vive.

Viva no nosso interior.

Só outra criança maroto te encontra.

E o nome dela é amor!