OS ASTROS

De repente uma saudade imensa
De alguém que pensa como eu
Que tanto amava e desapareceu

De repente a brisa fez-se sol
À noite que era escura virou dia
Não dava para ser triste num atol
E ser infeliz na chama que ardia

Num piscar de olhos tudo se refez
A folha seca tornou-se verdejante
A vida de surpresa surgiu outra vez
E o homem da inércia fez-se retirante

Os astros desceram cobrindo-nos de amor
O zéfiro em sinfonia cantava no compasso
O mundo sem qualquer esforço era humor
E a ira, de repente, desfez-se num abraço.

O grão de areia, de repente, fez-se jóia rara
Para que todos vivessem em plena harmonia
A paz guerra à violência declarava e vencia
E o irmão um ao outro  dava um bom dia

De repente a maldade fez-se bondade só
Para que a canção fosse cantada em dó maior
E todos desatassem da desavença o nó
E construíssem para o mundo um futuro melhor

Não fosse a verdade dos fatos nada se movia
Não fosse um sorriso alegre nada a gente mudaria
Não fosse um amor sincero jamais se poderia amar
Não fosse o jogo da vida jamais a gente poderia jogar.




R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 01/11/2005
Reeditado em 14/12/2005
Código do texto: T65959
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