Sem lamento
Meus passos se perdem na lentidão.
A agilidade se foi e não lamento. Assim é bom também. É novo. Desafios.
Assim como se foi aquela alegria esfuziante por tudo. A energia, esvaindo-se pelos poros, é agora contida, podada. Mas, não lamento. Também isso é novo. Revela um limite ao qual transcender. O interior.
O silêncio, antes fuga, se revela agora acolhedor, materno. E a busca da paz, até então desafiadora e filosófica, brota nesta silenciosa nebulosa de desatenção ao externo. Eu.
Sem encantos, múltiplos prazeres e efêmeros deleites. Cortejar o ser é viajar ao universo, desvendando cada insondável milímetro do Mistério. Vida.
Reiki Anselmo Verissimo