Talvez

Meu canto, minha fala, tudo leve.Vele...Leve...

Ainda que gritinhos de dores antigas me cochichem

frases adormecidas nos cantinhos do meu ser.

Sigo bebendo levezas e onde vivo tudo me leva pra casa...meu interior mais denso, manso, harmonioso.

Antes resmugava e dizia estar inconformada por ver um mundo em câmera lenta. Ouvir gestos com tanta precisão. Sentir o cheiro da solidão. Agora desfruto desse dom, se tenho por que não usar para o bem. Eu sinto o mundo em vibrações. Parece desconexo por vezes que consigo saber distâncias entre presentes e amores tecidos em corações distantes. Só olho e vejo... E de tanto vi(ver) sabores, saberes, sonho...Com tudo que pode ser e não é ainda, por falta de arte raízes e abraços horizontes. Tão fácil seria se todas as pessoas não esquecessem o sonho que tiveram antes de pisar o chão de mais uma labuta. Eu solto sorrisos interiores em notas inaudíveis, talvez alguém escute por que os cantos dos meus olhos entregam contentamento com facilidade. Ah!Os risos interiores são motivados por saber milagres e escutar que amigos tiveram um dia mágico. Sim! Entre os segundos da enchente de acontecimentos, uma simples pausa pra dançar ou falar por chamada de vídeos com a pessoa vida que te encontra. Poderia por fim nesse texto...mas vou seguir digitando tentativas novas em corações que sonho. E que vibram!

Edione Mercês
Enviado por Edione Mercês em 13/12/2020
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