O limite do precipício

De repente estávamos todos sob aquela mesma chuva

Aquele outono com gotas de verão, vento de inverno

E cheiro de primavera.

De repente eram as flores que dançavam

Enquanto todos se abraçavam

Não em paz completa ou harmonia repentina

É que de repente o medo superou a raiva

A solidão superou o ódio

E tornou-se necessário tocar o outro

Sentir a lágrima do outro, os braços

Todo aquele calor que se alcança apenas estando junto.

De repente o amor da minha vida era a humanidade

E éramos todos completos

Não nos faltava parte, metade, continuação

Estávamos juntos por simplesmente gostar

De viver.