Habite a paz

Salva-me da guerra,

ó morte tua,

vem por outros caminhos

e desabita meu mundo

e vê que a alegria

é o meu silêncio fecundo

a amar a paz da vida

e a mansidão do mundo.

Leva-me às bonanças celebradas

e às casas dos amados,

aos horizontes do amor

e hei de tecer boas palavras

que matem toda dor

que assim como tu, apavora

e os mansos que habitarem

que eles não chorem

mas apenas amem

e aprendam que na paz

moram os bons homens.

Salva-me da guerra

e deixa que seja santa a terra

onde habitamos.